Acha que a educação é cara? Experimente a ignorância!
Roosevelt Tiago
A
educação é um grande desafio para todas as pessoas e além disso, é a única
chance de garantirmos um mundo melhor. Sem a educação, ficaríamos para sempre
estagnados dentro dos processos de crescimento pessoal. O grande projeto de
aperfeiçoamento da humanidade somente pode existir pelos caminhos da educação.
É
importante lembrar que, quando falamos da educação dos nossos jovens e
crianças, não nos referimos à educação escolar, que afinal fica melhor definida
como “instrução”, pois educação é tarefa intransferível dos pais ou dos adultos
importantes para ela – a criança.
É
verdade, contudo, que a educação custa muito, quando não valores financeiros,
custa tempo e dedicação ao educando. Afinal, não existe juventude transviada,
apenas paternidade irresponsável. Quando negligenciamos na educação dos que
estão dentro das nossas responsabilidades, comprometemos não só o futuro deles,
mas de todos os que vivem a sua volta, afinal, estamos sempre envolvidos uns
com os outros.
O
grande pensador Léon Denis expressou-se: “Todas
as nossas chagas morais, são provenientes da má educação, reforma-la (a
educação) daria a humanidade bases inestimáveis, portanto, falemos a criança,
ofereçamos a ela a instrução do mundo, mas antes de tudo, falemos ao seu
coração”.
Dentro
da análise deste pensamento, podemos identificar a diferença da instrução
oferecida pelas escolas, da educação adquirida pela postura moral e
comportamental dos pais, além da transmissão dos conhecimentos e vivências. O
próprio Codificador da Doutrina Espírita Allan Kardec afirma que: “É pela educação muito mais que pela
instrução, que vamos atingir o progresso moral” evidenciando a necessidade
do nosso comprometimento com este ideal.
Se
verdadeiramente desejamos um mundo melhor, não podemos duvidar que o único
caminho seja a formação de pessoas melhores. A dedicação dos pais em conter as
más tendências dos seus filhos é a melhor maneira de contribuir para a
edificação do mundo, afinal a educação é a própria vida.
Evidentemente
que dentro de qualquer processo educativo, numa escala de prioridades, a maior
contribuição que podemos oferecer as crianças e jovens é a apresentação de
Jesus como modelo a ser seguido. Sem a presença de Jesus a nortear a criatura
humana, por mais que tenhamos acumulado conhecimentos variados, nos perderemos
na condução da própria vida.
Por
mais trabalho que a educação exija, ainda é sempre menor que a ignorância
poderia provocar. No entanto, qualquer pai ou mãe que proporcione toda a
educação possível a seu filho, mas que não lhe ofereça Jesus, terá, mesmo que
sem a intenção, se equivocado na construção das bases de toda sua vida.
A
condição de Espíritos imortais gera em nós a necessidade de algo que esteja
acima da materialidade transitória e sem atender a esta necessidade, vamos nos
tornar portadores de muita instrução, saberemos o que fazer, mas sem vontade ou
coragem de aplicar e exteriorizar através de nossas ações o que a teoria nos
aponta e recomenda. Teremos muita instrução dentro do ponto de vista pessoal e
profissional, porém, seremos pouco fraternos.
A
educação apenas está concluída quando o educando aplica na vida os
conhecimentos que juntou, sem isso, apenas “parecemos” saber e todo
conhecimento não aplicado é fruto direto da ilusão. Desta forma, depois de
oferecer a orientação adequada, a figura de Jesus como exemplo é o grande
complemento de transformação, afinal, o coração do homem é terra que só Jesus
passeia.
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